Leia nosso manifesto

Ultima atualização maio 2025

A forma como criamos, colaboramos e trocamos está evoluindo. Mas as ferramentas que nos sustentam ainda foram feitas para outra era.

Por muito tempo, o trabalho esteve ancorado em estruturas fixas: empregos formais, empresas permanentes, fluxos previsíveis de dinheiro e autoridade. A infraestrutura financeira e organizacional se moldou a esse mundo — rígido, centralizado, estável.

Hoje, vivemos outra realidade. Equipes se formam por projeto. Profissionais atuam de maneira autônoma, movendo-se entre redes, contratos, entregas e responsabilidades diversas. A estrutura é temporária, fluida e fragmentada. Mas os sistemas que sustentam essas relações seguem pensados para vínculos duradouros, equipes estáticas e modelos de governança que não refletem mais como se trabalha hoje.

Essa desconexão cria um espaço de fragilidade: informalidade, desorganização, falta de previsibilidade. Relações de confiança passam a depender da memória, da boa vontade ou de redes pessoais — sem o apoio de ferramentas que tornem os acordos visíveis, estruturados e acionáveis. O resultado é uma economia de trabalho viva, mas sustentada por tecnologias feitas para um mundo superado.

A bonde surge nesse contexto — não apenas como produto, mas como uma nova camada de infraestrutura.

Somos uma plataforma feita para organizar o trabalho em rede: permitir a criação de times temporários, definir regras de pagamento, automatizar repasses e garantir visibilidade para todas as partes envolvidas. Mas mais do que processar transações, nos interessam os vínculos que essas transações carregam.

Todo fluxo de pagamento possui uma dimensão relacional: acordos, expectativas, reciprocidade. São dados vivos — mas que hoje se perdem entre plataformas genéricas, e-mails, mensagens e sistemas bancários opacos.

Sem contexto, o dinheiro perde significado.
Sem registro relacional, o pagamento perde força como gesto de confiança.

A bonde existe para devolver densidade a essas relações.
Para transformar transações dispersas em estruturas visíveis e acionáveis.

Para transformar acordos informais em sistemas vivos — onde cada parte entende seu papel e confia no que foi combinado.

O dinheiro não é neutro. É uma tecnologia social. Ele carrega símbolos, media relações, molda comportamentos. Com o tempo, sua função foi reduzida à eficiência da troca e à lógica do acúmulo. Mas o dinheiro sempre foi mais do que isso: um tecido que conecta comunidades, uma ferramenta de memória coletiva, um gesto de reconhecimento mútuo.

Ao trazer à superfície os fluxos de pagamento — com suas condições e profundidade relacional — a bonde reativa essa dimensão social do dinheiro. Como expressão de confiança, reciprocidade e pertencimento. Em vez de extrair valor, propomos recircular. Em vez de apagar o contexto, propomos torná-lo visível.

Nesse novo ciclo, as organizações precisarão ser mais descentralizadas, independentes e adaptáveis.
Estruturas rígidas não respondem à velocidade e à complexidade de um mundo em constante transformação.

A resiliência não estará nos grandes centros de poder, mas na capacidade da rede de se reorganizar, cooperar e evoluir.
Cada indivíduo, ao longo da sua trajetória, deve poder se beneficiar e contribuir com os sistemas dos quais faz parte — entendendo seu papel, acumulando capital social real e acessível, e tendo autonomia para se mover com segurança.

Essa visão exige novas ferramentas, novas linguagens e novas formas de pertencimento — e a bonde nasce como infraestrutura para tornar isso possível.

Por isso falamos da bonde como infraestrutura viva:

um espaço digital onde times, contratos, pagamentos e acessos possam existir de forma temporária, contextual e integrada. Uma estrutura que oferece suporte real a quem trabalha em rede, e que ao mesmo tempo mantém a leveza necessária para permitir movimento, adaptação e autonomia.

A bonde torna possível o que antes parecia contraditório: trabalhar com liberdade e, ainda assim, contar com segurança. Coordenar acordos complexos sem burocracia. Construir confiança sem depender apenas de vínculos informais.

É uma ferramenta concreta, feita para resolver problemas reais — mas que carrega em si uma proposta maior: ajudar a moldar um novo modelo de organização.
Mais distribuído. Mais relacional. Mais preparado para um mundo em constante transformação.

A bonde é só o começo.
Um convite para quem não quer apenas participar do futuro do trabalho — mas construí-lo.